Aula1 - A importância do cidadão na Sociedade da Informação (4/4)

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A Educação ao longo da História

O Mestre disse: "É por retomar o antigo que se aprende o novo, e assim nos tornamos mestres"
(Os Analectos, 2: 11).


Caro aluno, por trás do trabalho de cada professor, em qualquer sala de aula do mundo, estão séculos de reflexões sobre o ofício de educar. Mesmo os profissionais de ensino que não conhecem a obra de Aristóteles, Rousseau ou Durkheim trabalham sob a influência desses pensadores, na forma como foi incorporada à prática pedagógica, à organização do sistema escolar, ao conteúdo dos livros didáticos, ao currículo de formação dos professores. Se desde a Antigüidade homens e mulheres investiram no esforço de pensar a educação é porque educar sempre foi um dos meios pelos quais os grupos humanos asseguraram sua sobrevivência. Por esse motivo vale a pena dirigir por alguns instantes nosso olhar até o passado antes de fixarmos de novo no presente, realizando com o pensamento uma viagem telemática: Assim estaremos em melhor posição para entendermos a continuação das dimensões do tempo e do espaço no universo atual da formação do homem na era do Conhecimento.
Ao fazê-lo não foi nosso propósito em traçar um esquema histórico. Mas resulta em ressaltar que um dos objetivos, do presente curso sustenta que o passado exerce efeitos poderosos sobre a educação, e no sentido de que, há chegado o momento de contribuir a fazer história, preparando-a ao mesmo tempo. Vamos portanto, conhecer um pouco sobre esse passado.

A Educação, necessidade biológica

O homem, permanentemente em luta contra as condições de seu ambiente, organizou sua existência e elaborou progressivamente sua sociedade com a finalidade de agrupar esforços. Partindo da célula familiar, da tribo primitiva centrada em suas tarefas vitais, foi adquirindo progressivamente saber e experiência, foi aprendendo a conhecer e expressar seus desejos e suas aspirações, delimitando e modelando assim suas faculdades intelectuais. A ciência confirma o papel que essa evolução desempenhou no destino singular da espécie humana. Com efeito, as modificações sofridas desde os tempos pré-históricos pelas diversas raças humanas, chamadas a adaptar-se a modos de vida e a ambientes diferentes, foram mínimas. Contudo, o homem moderno não tem cessado de conquistar novos ambientes, como se estivesse dotado de uma adaptabilidade biológica crescente. Isto não é mais do que uma ilusão. Na realidade porém, se o homem pode sobreviver na atualidade em ambientes contaminados, de onde não poderia salvaguardar sua saúde física e mental, se não soubesse proteger-se contra sua nocividade, é graças aos conhecimentos transmitidos e enriquecidos de geração a geração, e porque não dizer, pelo efeito de uma educação cada vez mais ampla e mais complexa. Mesmo que pareça estranho, por mais que nos remontemos ao passado da Educação, esta parece como inerente às sociedades humanas. Tem contribuído no destino das sociedades em todas as fases de sua evolução; ela mesma não tem cessado de desenvolver-se; tem sido portadora dos ideais humanos mais nobres; é inseparável das maiores façanhas individuais e coletivas da história dos homens, cujo curso histórico reproduz a educação fielmente, com suas épocas gloriosas e suas épocas de decadência, seus impulsos, seus atoleiros, suas confluências e contradições.

A Educação, necessidade social:

1. Na sociedade primitiva

Na sociedade primitiva, a educação acontecia de modo espontâneo e integral, ou seja, não existiam instituições educacionais. Fundamentava-se ao mesmo tempo no caráter, nas atitudes, nas competências, na conduta, nas qualidades morais do sujeito, era mais do que receber educação. Vida familiar, vida no clã, trabalhos ou jogos, ritos, cerimônias tudo constituía, no curso dos dias, uma ocasião para instruir-se: desde os cuidados maternais as lições do pai caçador, desde a observação das estações do ano, a dos animais domésticos, desde os relatos dos mais velhos (anciãos). Portanto, o processo educativo tinha como instrumento a transmissão entre os membros do grupo, por isso, se dava integralmente.

2. Na Antiguidade Oriental

Confúcio (551-479 a.C.) - A base mais segura para discutirmos o surgimento do antigo pensamento chinês esta afixada na figura do sábio Kungzi (VI a.C.), que os missionários portugueses do século XVI chamaram de Confúcio. É uma das primeiras figuras a indignar-se com a crise de sua época, Confúcio pregava a reestruturação social de sua civilização tendo como modelo o passado ideal dos Zhou, mas através de uma metodologia totalmente inovadora. Confúcio examinou as causas da corrupção de sua sociedade, e concluiu que a degradação era promovida pelo não cumprimento das vontades da natureza (Tian). O desconhecimento dessas causas era gerado pela falta de educação, e, por conseguinte, para que as pessoas pudessem compreender o caminho (Dao), era necessário que estudassem. Estudando, podiam entender como funcionava a sociedade, os costumes, e assim sendo, poderiam segui-los. No entanto, o próprio Confúcio achava que sua proposta ética não podia pautar-se em nenhum critério religioso: “se não se sabe servir em vida, como podemos esperar compreender a morte?” (LY, 11:2) “A pedagogia confuciana estava à frente de seu tempo, preconizando um ensino aberto para todos, sem diferenciação de origem social. Suas aulas eram a céu aberto e seu método levava em conta as aptidões de cada um de seus discípulos” (Bueno - apud Sgarioni, 2004, p. 46). Os ensinamentos de Confúcio enfatizavam a ética e a filosofia social. Eventualmente sua filosofia ditava o padrão de comportamento para toda a sociedade – incluindo o próprio imperador. No confucionismo a família ocupa lugar de destaque por constituir o berço do treinamento moral e o elo entre o indivíduo e a sociedade. Confúcio acreditava que uma família bem estruturada era a chave para uma sociedade pacífica.

A veneração aos pais, vivos e mortos, foi um de seus principais conceitos. De fato, a família considerada suprema era o pilar da sociedade chinesa, mais importante que o indivíduo ou o estado. Difundiu por todo o país uma doutrina de convivência, baseada na amizade e na eqüidade, que formou a base da ética na China. Confúcio estabeleceu os deveres do homem, acreditando que este devia servir à sociedade. Seus ensinamentos não falavam no culto a nenhum deus, mas sim em seguir o Tao, ou seja, o Caminho, num esforço constante de cultivar a própria personalidade e estabelecer a harmonia na sociedade. Confúcio se situa, como a base do humanismo chinês, e o primeiro dos grandes autores a encarar, de frente – e numa perspectiva universalista - os problemas do mundo. O Confucionismo foi elevado à religião oficial do Estado no século II a.C.
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3. Na Antiguidade Clássica

Foi com o amadurecimento das sociedades que surgiu o pensamento pedagógico, sempre entrelaçado com a filosofia. As peças chaves da educação grega eram o ensino da música, do canto, dança e do atletismo. A filosofia, entendida como uma reflexão crítica a respeito de tudo o que se relaciona com a existência do homem, nasceu na Grécia Antiga. A palavra "filosofia" é, inclusive, de origem grega e vem de phílos, "amigo", e sophía, "sabedoria". Prova disso é que os três primeiros pensadores da educação a deixar uma obra cuja influência chegou a nossos dias foram também os nomes fundadores da filosofia ocidental, os gregos Sócrates (469-399 a.C.), Platão (427- 347 a.C.) e Aristóteles (384-332 a.C.).

Sócrates (469-399 a.C.), as concepções de Sócrates sobre educação já prefiguram um dos principais embates pedagógicos, que, de algum modo, se repetem ao longo dos tempos. O filósofo se opunha aos pensadores sofistas, educadores profissionais da época, que se guiavam pelo critério da utilidade daquilo que ensinavam. Prometiam preparar seus alunos para uma carreira de sucesso na política e centravam suas aulas no ensino da retórica (oratória). Já Sócrates acreditava que o objetivo da educação era transmitir conhecimento desinteressado, com o fim de preparar o homem para seguir o caminho da virtude e a busca da sabedoria. Foi um dos maiores pensadores de todos os tempos, pretendia nada saber e dizia que todos já possuíam o conhecimento do que era correto dentro de si. Para trazer esse conhecimento à tona ele fazia perguntas bem dirigidas e questionava sistematicamente seus interlocutores com o objetivo de que a sabedoria aflorasse. A suprema sabedoria seria, aparentemente, o conhecimento do bem, ou pelo menos o reconhecimento honesto da própria ignorância.


Platão (429-347 a.C.), admirador e discípulo de Sócrates fundou a Academia de Atenas, famosa escola de Filosofia em que mestre e discípulos viviam em comum, debatendo constantemente os mais variados temas. Ao lado de idéias fundamentalmente teóricas, como a contraposição das aparências à realidade, a crença na existência de uma alma eterna e na vida após a morte, Platão propunha, de forma eminentemente prática, que a cidade ideal deveria ser governada por um rei-filósofo. O platonismo foi adaptado e adotado pelo cristianismo. Os filósofos dos primeiros séculos depois de Cristo identificaram ideais de perfeição, transcendência e revelação da verdade que podiam ser relacionados ao Deus cristão. E a obra aristotélica só voltaria à tona no fim da Idade Média, com a invasão dos mouros, o ressurgimento das cidades e, com elas, de uma burguesia ligada ao comércio, pouco identificada com a resignação espiritualizada.
No século XIV, começou a fase conhecida como humanismo. Novos sistemas políticos e sociais se desenvolveram nos países europeus e romperam com a Igreja Católica. A Reforma de Martinho Lutero, que originou o protestantismo, foi a mais célebre das rupturas e influiu na educação.


Aristóteles (384-322 a.C.) foi o mais importante dos discípulos de Platão. Ao contrário de seu mestre, mais preocupado com questões transcendentais, Aristóteles acreditava que o conhecimento devia ser procurado no mundo material e real. Fundou, para isso, o Liceu de Atenas, escola em que ele e seus discípulos dedicaram suas vidas à discussão filosófica, estudo, ensino e pesquisas em larga escala, abrangendo praticamente todo o conhecimento da época. A lógica, uma das mais importantes disciplinas filosóficas, foi estabelecida por Aristóteles. Os tratados de Aristóteles provêm de notas tomadas por seus ouvintes; não são redigidos por ele; constituem um vasto conjunto enciclopédico, dividido posteriormente em quatro grupos de obras. As obras de lógica, reunidas sob o nome de Organon, fundam a lógica formal, a teoria dos juízos e dos raciocínios; a conclusão é uma teoria do conhecimento: o primeiro momento do conhecimento é a percepção. É pela memória que passamos da percepção à experiência, a partir de lembranças repetidas; a experiência fixa leis universais. Em nível mais elevado, encontramos a arte e, enfim, a ciência. A passagem do particular ao universal faz-se por um processo de indução fundado em leis da razão. A teoria do conhecimento, empírica em sua gênese, racional em seu fundamento, caracteriza o que se chamou depois conceitualismo ou conceptualismo. Em 343 foi convidado pelo Rei Filipe para a corte de Macedônia, como preceptor do Príncipe Alexandre, então jovem de treze anos. O período helenístico iniciou-se em 323 a.C. e se desenvolveu até 30 a.C. Era a concretização de um objetivo de Alexandre “o grande” que visava difundir a cultura grega em territórios conquistados. Seus reinos foram incorporados ao que futuramente seria o Império Romano.

4. na Roma Antiga

Na história da educação romana podem-se distinguir três fases principais: pré-helenista, helenista-republicana, helenista-imperial. A primeira e fundamental instituição romana de educação é a família de tipo patriarcal, germe de uma sociedade mais vasta, que vai da cidade ao império: os patres governam a coisa pública. Educador é o pai, que na sociedade familiar romana desempenha também as funções de senhor e de sacerdote - paterfamilias. Nesta obra educativa colaborava também a mãe, especialmente nos primeiros anos e no concernente aos primeiros cuidados dos filhos, sendo, em Roma, mais considerada a mulher do que na Grécia, dadas as suas predominantes qualidades práticas. O fim da educação é prático-social: a formação do agricultor, do cidadão, do guerreiro - salus reipublicae suprema lex esto. A sua finalidade era formar o orador, porquanto a carreira política representava, para o espírito prático romano, o ideal supremo. E, portanto, o ensino da eloqüência abrangia toda a cultura, do direito até à filosofia. O orador romano será o tipo do homem de ação, do político culto, em que a cultura é instrumento de ação - negotium e, logo, para os romanos, coisa muito séria, em relação com a seriedade da ação, e não simples distração - otium. O teórico da pedagogia romana pode ser considerado Quintiliano. Nasceu na Espanha no II século d.C., foi professor de retórica em Roma, o primeiro docente pago pelo estado, quando Vespasiano era imperador. Para Quintiliano o professor principal é o da pré-escola e deve ser um filósofo. Valoriza a educação do orador e instaura a Educação Superior de direito. A filosofia é ensinada por mestres particulares. Sua obra exerceu grande influência sobre a teoria pedagógica que sustenta o humanismo e o renascimento.

O Programa educativo romano privilegia assim uma aprendizagem sobretudo literária, em detrimento da Ciência, da Educação Musical e do Atletismo. Porém, é aos romanos que se deve o primeiro sistema de ensino de que há conhecimento: um organismo centralizado que coordena uma série de instituições escolares espalhadas por todas as províncias do Império. O caráter oficial das escolas e a sua estrita dependência relativamente ao estado constitui, não apenas uma diferença acentuada relativamente ao modelo de ensino na Grécia, como também uma novidade importante. É com os romanos que surge a primeira Escola Primária (ludus), alfabetização, leitura de Homero, memorização, treinamento e disciplina; Escola Secundária (litteras, jura ou leges), influenciada pela literatura, filosofia, religião e ênfase na gramática grega, e as Escolas de Retórica, desde Cícero para formação de políticos e homens públicos. E é com Boécio, filósofo, estadista e teólogo romano que se notabilizou pela sua tradução e transmissão do legado greco-romanos para a Europa em formação.

5. na Idade Média

Como dizíamos acima, Boécio foi o homem certo no lugar certo. Estava habilitado como nenhum outro para lançar os fundamentos da transmissão do saber clássico aos bárbaros e tal projeto, como se sabe, contém um dos elementos essenciais daquilo que se convencionou chamar "Idade Média". É ele que estabelece a ponte entre a cultura antiga e a Idade Média -, Boécio já teria garantido um lugar de relevo na História da Educação e justificado o título de fundador da Escolástica, "primeiro escolástico" (Grabmann). Pois, não por acaso, Escolástica se relaciona com escola, escolar, e o ensino da Idade Média muito deve a esse educador. Na Antigüidade Ocidental a Educação era entendida como uma transmissão de técnicas adquiridas. O ato pedagógico tinha, sobretudo, a finalidade de possibilitar o aperfeiçoamento dessas técnicas através da iniciativa dos indivíduos (Luzuriaga, 1978: 57). A Pedagogia não tinha a dignidade de ciência autônoma, sendo considerada parte da Ética ou da Política, e, por isso, elaborada unicamente em vista do fim que estas propunham ao homem. Os expedientes ou os meios pedagógicos só eram estudados em relação à primeira educação ministrada na infância: ler, escrever e contar (Manacorda, 1989: 85).
A reflexão pedagógica era dividida em dois ramos isolados: um de natureza puramente filosófica, elaborado por conceitos éticos, e outro de natureza empírica ou prática, visando preparar a criança para a vida. O ato de educar era baseado no ser, utilizado para a formação e amadurecimento do homem e a busca de sua consecução completa ou perfeita. Ele era uma passagem gradual da potência ao ato, da infância até a fase adulta (Abbagnano, 2000: 306). A base do currículo educacional medieval foi dada pela obra "O casamento da Filologia e Mercúrio", do cartaginês Marciano Capela, escrita por volta de 410-427. Nela, o autor, influenciado pela enciclopédia de Varrão (Sobre as Nove Disciplinas), tratou das Sete Artes Liberais, damas de honra daquele casamento: 1) Gramática, 2) Retórica, 3) Dialética, 4) Aritmética, 5) Geometria, 6) Astronomia e 7) Harmonia. Marciano Capela deixou de lado a Medicina e a Arquitetura, por tratarem de coisas terrestres que “...não têm nada em comum com o céu.” (citado em Nunes, 1979: 75).

Para os educadores de então, o conhecimento já existia inato no estudante. Restava saber de que modo o aluno seria conduzido da ignorância ao saber. Cabia ao professor acender uma centelha na criança, formá-la, não asfixiá-la (Price, 1996: 88). O estudo era utilizado principalmente para o desenvolvimento da vida do espírito, para a elevação espiritual. Hoje isto se perdeu de uma tal forma que uma das características marcantes da pedagogia moderna consiste no fato de ela ter conseguido dissociar, cada vez mais profundamente ao longo dos últimos 700 anos, o estudo da busca de Deus, de valores éticos e morais, enfim, das virtudes, causa primeira da profunda crise ética pela qual passamos nos dias de hoje.

Um dos grandes filósofos do pensamento muçulmano, Al-Farabi viveu entre 870 e 950, ensinava que os hábitos, para serem hábitos, devem ser praticados. Por exemplo, a arte de escrever só se consegue quando o homem pratica de maneira usual a ação (...) A excelência da ação de escrever procede do homem somente por destreza na escrita, e a destreza para escrever só se adquire quando antes se acostuma o homem a uma excelente ação de escrever (...) Esta excelente ação de escrever é possível ao homem (..) por causa da faculdade que possui por natureza. (Al-Farabi, 2002: 52). Dessa forma, se você deseja ser hábil em uma arte, pratique-a! Se quer ser inteligente, estude, se quer escrever, escreva, e assim por diante. Em outras palavras: aprenda fazendo, conselho simples e óbvio conhecido pelos medievais, hoje abandonado por muitas pedagogias ditas modernas. Por oposição, os hábitos morais feios são a enfermidade da alma, e o homem livre é aquele que consegue discernir o que é dado pela reflexão. O homem é uma besta quando não reflete e também não consegue decidir nada (Al-Farabi, 2002: 62). Na Idade Média, a Educação era vista como um instrumento para se alcançar a Sabedoria, que conseqüentemente, levaria o homem à Felicidade, um bem desejado por si mesmo e mais perfeito que todos os outros bens (Al-Farabi, 2002: 43-44).

6. na Idade Moderna

Lembremos que foi na transição da Idade Média para Moderna que se passou a questionar a vinculação entre ciência e religião, deixando-se de considerar a primeira como parte da segunda, conforme fazia a Escolástica. O pensamento moderno se divide em quatro períodos, sendo Renascimento (1400 - 1600 ), Racionalismo (Descartes- (1637), Empirismo e Iluminismo. Foi principalmente no Iluminismo que a ciência deu seu passo fundamental. Nega estar vinculada à religião, ao cristianismo ou questões mitológicas. Sob a “dinastia” da igreja católica, muitos filósofos foram perseguidos por defenderem tais posições.

7. na Idade Contemporânea

O início da Idade Contemporânea, após a Revolução Francesa, é marcado pela consolidação do poder burguês, pelo nacionalismo e pela urbanização e industrialização acelerados. Nesta época surgem novas correntes de pensamento: o positivismo, o idealismo hegeliano e o socialismo; as duas primeiras influenciadas pelo idealismo kantiano.

A educação deste período busca a massificação e aproxima-se da tutela estatal, embutida de um maior caráter cívico. O ensino secundário se divide entre uma formação clássica, voltada para o ensino superior, e uma instrução técnica, voltada para a indústria. O ensino superior é ampliado e reformulado nas escolas politécnicas criadas para o ensino tecnológico. Napoleão implantou escolas superiores voltadas para o exercício de certas ocupações em detrimento da universidade medieval, com ênfase na alta cultura.

A educação começa a esboçar de modo definitivo o modelo atual, aliando um maior rigor metodológico e técnico a uma tendência que procurava escapar das influências históricas da escolástica em direção a um ensino nacional mais humanizado. Há uma nítida preocupação com os fins sociais da educação, enfatizando-se a relação entre educação e bem-estar social, estabilidade, progresso e capacidade de transformação. Ao mesmo tempo, as ciências sociais começam a estruturar-se em torno do pensamento positivista e passam a influenciar a educação tradicional.

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E aqui finalizamos o primeiro módulo do curso. Não estamos explorando o assunto nos seus mínimos detalhes mas, apenas, fornecendo informações básicas capazes de fazer com que, a proposta desse curso seja atingida, dando a vocês uma rápida e pequena visão da História da Educação através dos tempos e de que ela é o elemento-chave na construção de uma sociedade baseada na informação, no conhecimento e no aprendizado. Vamos agora às atividades do 1º Módulo. Veja abaixo.

Atividades do 1º Módulo - Clique aqui